Entenda o Jejum na Bíblia: Um Guia Espiritual

O significado, tipos e propósito do jejum na Bíblia Sagrada

Jejum na Bíblia é um tema de grande importância e aqui você vai encontrar tudo o que precisa saber sobre jejum espiritual, incluindo formas, frequência, se é um mandamento ou não e muito mais. 

Ao ler este texto, você vai ganhar um entendimento profundo sobre o jejum na Bíblia, com base nas Escrituras Sagradas.

Acima de tudo, nesse artigo, vamos explorar o jejum bíblico e como ele pode se relacionar com a sua fé. Ou seja, como pode ser uma prática transformadora na sua vida espiritual.

Infelizmente temos muitas confusões acerca do jejum. Além de ser falado por diversas religiões além do cristianismo, ao longo dos séculos, o jejum foi visto como uma forma de castigar o corpo e uma maneira de demonstrar espiritualidade. 

Atualmente, temos muito na mídia o jejum voltado para a área da saúde, com a prática difundida do jejum intermitente. 

No entanto, o jejum não se limita a essas práticas. Como cristãos, precisamos compreender o verdadeiro significado do jejum espiritual na Bíblia e como ele pode ser incorporado em nossa vida de uma forma significativa.

Vamos juntos explorar o que é o jejum bíblico, o que significa jejuar de acordo com a Bíblia e como Jesus abordou esse assunto. 

Fique conosco e aprenda tudo sobre o jejum na Bíblia!

Jejum na Bíblia: Os tipos de jejum e a abstenção de alimentos

O jejum na Bíblia pode ser realizado de três formas (parcial, absoluto ou sobrenatural), sempre com a abstenção de comida e bebida, de modo individual ou coletivo, correlacionando-se com outras disciplinas espirituais sempre com a intenção final de se aproximar espiritualmente de Deus e sua perfeita vontade.

Vamos explicar cada uma dessas características, mas primeiro, é importante iniciar dizendo que o jejum é mencionado diversas vezes na Bíblia como uma forma de abstenção de comida e bebida, sendo permitido apenas o consumo de água. 

Sim, o jejum bíblico não envolve abstenção de celular, internet, séries, fazer a unha e coisas parecidas. Biblicamente falando, o jejum está sempre relacionado a abstenção de alimento.

Desse modo, existem três tipos de jejum mencionados nas Escrituras: o jejum parcial, o jejum absoluto e o jejum sobrenatural. O que seria isso?

  • Jejum Parcial: É mencionado em Daniel 10:3, onde Daniel jejua, consumindo certos alimentos e abstendo-se de outros, mas não ficando sem comer totalmente.
  • Jejum Absoluto: É o jejum mais frequente na Bíblia, caracterizado pela ingestão apenas de água por um determinado período. Como exemplo, ele é mencionado em Ester 4:16, onde Ester convoca o povo a jejuar por três dias. Paulo também jejuou por três dias depois de seu encontro com Cristo como mencionado em Atos 9:9. 
  • Jejum Sobrenatural: Este tipo de jejum é mencionado em Deuteronômio 9:9 e 1 Reis 19:8, e é um jejum que, do ponto de vista humano/biológico, é impossível. Esse tipo de jejum é difícil de ser explicado pela ciência e não é encorajado a ser praticado, mas é citado como exemplo vivido por Moisés e Elias.

De acordo com a Bíblia, o jejum é uma forma importante de se conectar com Deus, buscar orientação e força em momentos difíceis. 

Ao jejuarmos, estamos abrindo mão de nossos prazeres e confortos mundanos para nos concentrarmos em nossa fé e espiritualidade.

Jejum na Bíblia: Individual ou Coletivo

A Bíblia menciona que o jejum pode ser feito tanto individualmente quanto coletivamente, em comunidade. 

Em Levítico 23:27, por exemplo, Moisés faz o Dia da Expiação com todo o povo. Vemos o coletivo ser convocado para o jejum também em Joel 2, Jonas em Nínive, e Esdras 8:21, e tantos outros exemplos. 

É importante lembrar que o jejum não é apenas entre você e Deus, mas pode ser feito com a igreja, a família, outras pessoas ou até mesmo uma nação inteira, unida em favor de algo.

Nessas situações, o jejum coletivo tem como objetivo buscar a proteção divina em momentos de perigo ou guerra. 

Além disso, o jejum também é uma forma de mostrar arrependimento e humildade diante de Deus, buscando a reconciliação e a cura de algum mal ou problema enfrentado pela comunidade. 

Essas cenas ilustram a importância do jejum coletivo como uma prática de oração e união em momentos de adversidade, onde a força da comunidade é fortalecida pela fé e pela busca por uma solução juntos.

Quando pensamos em jejum, seja ele parcial ou absoluto, é importante considerar se ele será feito de forma individual ou coletiva. Isso pode te dar novas ideias e encorajar a prática de formas diferentes de jejum na sua vida.

Jejum na Bíblia: A frequência do jejum

A Bíblia não menciona uma frequência específica para o jejum, mas é possível encontrar ensinamentos sobre a prática ao longo do livro sagrado.

Embora não seja mencionado como um mandamento, o jejum é esperado por Deus e é desejado para aqueles que buscam santidade e se colocam diante do altar divino.

Jesus fala sobre o jejum em dois momentos importantes: 

“Quando jejuarem, não mostrem uma aparência triste como os hipócritas, pois eles mudam a aparência do rosto a fim de que os homens vejam que eles estão jejuando. Eu lhes digo verdadeiramente que eles já receberam sua plena recompensa. Mateus 6:16

Jesus respondeu: “Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão. Mateus 9:15

Jesus espera que as pessoas jejuem, ele diz “quando jejuarem” e não “se jejuarem”. Ou seja, é uma expectativa do nosso Deus que seus filhos se relacionem com Ele por meio do Jejum.

Embora os discípulos de Jesus não jejuassem enquanto ele estava com eles, após a ascensão de Cristo, o jejum passou a ser praticado, como pode ser visto em Atos e nas cartas Paulinas.

A falta de uma regra específica na Bíblia não impede a prática do jejum. Pelo contrário, só a incentiva dentro da liberdade que temos em Cristo. A decisão de jejuar é algo pessoal e depende da relação de cada um com Deus.

O Coração do Jejum

O jejum é uma disciplina espiritual importante que tem como objetivo ajudar as pessoas a colocarem suas vontades e desejos diante de Deus. 

É importante tomar cuidado ao jejuar, pois o objetivo não é manipular Deus ou forçá-lo a fazer o que queremos. 

A ideia do jejum é controlar o corpo e disciplinar as vontades e desejos, a fim de alinhar nossa mente e coração com o que Deus quer para nós.

Além do jejum, é saudável praticar outras disciplinas espirituais, como a oração e a meditação, durante o período do jejum, pois elas ajudam a intensificar a experiência espiritual e o contato com o nosso Deus.

Dessa forma, o jejum é uma ferramenta poderosa e uma forma de aprender a colocar as nossas vontades diante de Deus e encontrar um equilíbrio saudável para a nossa vida.

Ao praticar o jejum, é possível alcançar um maior entendimento da vontade de Deus e fortalecer a fé por meio de uma conexão espiritual profunda.

O Jejum: Um Processo de Disciplina Espiritual

É importante ter em mente que jejuar não é algo que se alcança de uma hora para a outra. É uma disciplina espiritual e por isso se faz necessário começar a prática gradualmente, pulando uma ou duas refeições, e aumentando esses intervalos sem comer aos poucos.

Inicialmente, pode-se começar substituindo uma refeição por suco de frutas e, depois de fazer isso por algumas vezes, troque por um copo de água.

A prática do jejum é um processo que vai sendo construído ao longo do tempo e não precisa de pressa. É necessário ter disciplina e se esforçar para melhorar a cada jejum. 

Ao longo do tempo, a pessoa que jejua vai sentir um sentimento alegre de poder fazer essa prática com Deus. E quanto mais tempo se jejua, mais se quer estar com Ele. 

O recomendável é jejuar até no máximo três dias com abstenção total de alimentos e bebidas (exceto água). Um período considerado bom para jejuar é o da tradição judaica que se inicia às 18h de um dia, indo até às 18h do dia seguinte. 

Mas o fato é que existem várias maneiras e períodos para jejuar. Por isso, é importante pedir direção ao Espírito Santo e conselhos para as pessoas próximas que têm o hábito de fazer o jejum.

A frequência também pode ser desenvolvida aos poucos, iniciando mensalmente ou bimestralmente, caminhando para uma frequência quinzenal ou até mesmo semanal. 

Aumentar a frequência com parcimônia, buscando a direção do Espírito, é uma das coisas mais especiais que vivemos com Deus, pois sentimos de forma muito concreta a sua presença durante o jejum.

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A prática de disciplinas espirituais é uma importante ferramenta para o desenvolvimento espiritual e para a construção de uma vida cristã mais coerente e significativa. 

Através da compreensão e aplicação dessas disciplinas, é possível cultivar um relacionamento mais profundo com Deus, fortalecer a nossa fé e alcançar um estado de paz interior e satisfação. 

Além disso, as disciplinas espirituais também nos ajudam a vencer desafios e superar obstáculos em nossas vidas, permitindo-nos viver uma vida mais plena e realizadora.

Com relação ao jejum nós vimos que:

  • O jejum é uma das disciplinas espirituais mais importantes na prática cristã.
  • O próprio Cristo tem a expectativa que jejuemos.
  • Seu propósito é que coloquemos diante do Senhor nossas vontades e desejos.
  • O jejum deve ser iniciado com progressão, pulando uma ou duas refeições e aumentando a duração gradualmente.
  • Ao longo do jejum, é importante incluir outras disciplinas espirituais, como a oração, meditação, solitude, entre outras.
  • A prática do jejum pode ser feita individual ou coletivamente. 
  • É importante buscar conselhos de pessoas próximas que tenham hábito de jejuar

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